No início da reunião o primeiro argumento apresentado pelos empresários do transporte coletivo foi uma comparação com o valor da tarifa no município de São Paulo, maior centro econômico e segunda maior metrópole da America Latina, onde o valor da tarifa vai passar para R$ 3,00 no mês de janeiro.
O argumento não foi recebido com bons olhos pelos representantes do Conselho da Cidade, entre eles o vereador Hermínio Coelho, que afirmou com certeza absoluta não ser lógico comparar dos municípios tão distintos como Porto Velho e São Paulo.
A partir desse ponto uma série de acusações foram realizadas por parte de representantes de vários setores organizados da sociedade, entre eles os mais incisivos em demonstrar opinião contrária foram os estudantes.
Uma das principais reclamações da classe estudantil foi a de que sempre se debatem aumento no final do ano, período em que os estudantes estão de férias e a grande parte dos trabalhadores envolvidos com as festividades de final de ano, sendo que o “baque” do aumento passa a ser sentido apenas após o carnaval.
A canetada
Um dos pontos levantados pelos representantes do conselho foi o de que o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho irá sair de férias no início do ano e quem ficará responsável por crivar o aumento da tarifa será o vice-prefeito da capital, Emerson Castro. Caso parecido com o que aconteceu da última vez em que houve o aumento da tarifa para R$ 2,30, quando o prefeito estava de férias na cidade de Milão, na Itália.
De acordo com a vereadora Elis Regina,o vice-prefeito poderia não assinar esse aumento, pois a responsabilidade do aumento ficará marcada para sempre na “conta” de Emerson Castro.
“Esperamos que o Vice-Prefeito tenha consciência do que representa esse aumento para a comunidade de Porto Velho”, afirmou Elis Regina.
Os empresários
De acordo com os empresários do transporte coletivo o aumento de R$ 2,90 faz parte uma pesquisa de custo e que o aumento não visa o lucro.
Porém os conselheiros alegaram que não pode aumentar o valor da tarifa enquanto os acordos firmados no último aumento não forem cumpridos, entre eles a integração dos pontos de ônibus, renovação da frota e ampliação da frota e climatização dos ônibus.
O final
A grande certeza ao final de tudo que foi definido é que a reunião do Conselho da Cidade é uma praxe legal, porém que não tem poder de decisão final. Quem decide é o prefeito Roberto Sobrinho, que não precisa sequer da aprovação da Câmara dos Vereadores. Tudo parece estar caminhando para ficar na responsabilidade de Emerson Castro, pois possivelmente ele será prefeito em exercício no período em que o aumento tiver de ser referendado. (Texto, fotos e vídeo João Paulo Prudêncio/Rondoniaovivo.com)
